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Desafios da Liderança na Economia Digital

Desafios da Liderança na Economia Digital

Quais os grandes desafios para os líderes das empresas nesta Economia Digital?

No novo cenário em que vivemos, somos todos digitais, não temos como ignorar isso. A realidade é que as empresas que não embarquem neste caminho que começou lá atrás, podem estar a penhorar o seu futuro.

Posto isto, e numa perspetiva de se manterem e prosperarem nos seus negócios, as empresas têm de ter os seus líderes preparados, familiarizados com as tecnologias e alinhados com esta visão de futuro. Nesse sentido, os líderes devem ser bastante flexíveis, dinâmicos e criativos quando o momento assim o requer. Acima de tudo, precisam acompanhar a velocidade da mudança e ter o mindset certo.

  • São diferentes nos países lusófonos?

Considero que os desafios são os mesmos, a velocidade da mudança é a mesma, a preparação das empresas e dos líderes é que não é igual em todos os países da lusofonia. Temos realidades diferentes, por exemplo, entre Cabo Verde e Brasil.

  • E as mulheres líderes têm os mesmos desafios ou ainda têm mais alguns? Quais?

Sabemos, que as mulheres líderes têm estes desafios e mais alguns, principalmente nos países da lusofonia onde ainda são poucas as que chegam a lugares de liderança de topo. Tem sido um caminho difícil até aqui, mas acredito que já somos vistas de forma diferente. As mulheres sempre tiveram um papel de liderança na família, por isso, sabem-no fazer muito bem. É preciso acreditarem mais nelas próprias e não se contentarem com as quotas atuais das empresas para cargos de liderança.

  • Como podem os líderes enfrentar estes desafios sem deixarem que o digital crie afastamento e desconexão entre as pessoas?

O líder tem de criar laços fortes com os seus liderados, assentes em princípios e valores como a confiança, a entreajuda e a união. Se esses valores forem consistentes, o digital não criará por si só afastamento e desconexão. O que importa, não é o formato, mas a forma como líder cuida das suas pessoas e as une em torno de um propósito forte.

  • Que competências precisam os líderes atuais ter para conduzirem as empresas e as pessoas ao sucesso?

Acredito que acima de tudo devem ter uma mentalidade orientada para a solução, capacidade de inovação e capacidade de se adaptar às mudanças repentinas. Para além disso, ter proficiência digital, ter a capacidade de ler os dados, antecipar tendências e tomar decisões com essa leitura. E claro, promover uma liderança agregadora, onde todos estejam alinhados e preparados para em conjunto dar a volta aos problemas que possam surgir.

  • Os líderes mais “antigos”, habituados a gerir num modelo tradicional, como podem ajustar-se aos novos tempos? O que precisam fazer?

Os tempos mudaram, as empresas mudaram e os colaboradores, mudaram. Hoje, já não há lugar para o chefe “antigo” que controla, centraliza e é autoritário. O novo cenário das empresas é muito diferente, é mais rápido, criativo e orientado para soluções. Dessa forma, os colaboradores querem líderes influentes e inspiradores, que os motivem e direcionem para os objetivos da empresa.

O líder de hoje, precisa de dar liberdade e autonomia, delegar tarefas, comunicar bem a sua visão, acompanhar os seus colaboradores e ajudá-los a serem melhores, permitindo uma cultura de experimentação.

  • A cultura empresarial nunca foi um tema muito central nos debates sobre estratégias empresariais, mas atualmente está muitas vezes na ordem do dia. Porquê?

A cultura é a “cola” que une as pessoas em torno de uma visão conjunta. Só as empresas que têm uma cultura de liderança agregadora, em que todos se empenham para dar o seu melhor, é que conseguirão ser atrativas e naturalmente manter os seus colaboradores, lá. As restantes, com culturas muito díspares desta, acabarão por sofrer da fuga de talentos.

  • Uma má liderança ou uma liderança que não é capaz de se ajustar às novas exigências pode comprometer o sucesso da sua empresa?

Sem dúvida. Costuma-se dizer que as pessoas não abandonam as empresas, abandonam os maus líderes. Logo, o departamento de gestão de pessoas, tem de estar muito atento a líderes tóxicos que possam estar a comprometer a dinâmica saudável das equipas.

  • Como vê o futuro da liderança para os próximos dois anos?

Desafiante, mas muito interessante, vamos mudar totalmente o conceito de liderança!

  • Qual é a importância da Cimeira Lusófona para estas temáticas?

A Cimeira Lusófona de Liderança, está a ser a maior plataforma para se falarem de todos os temas de liderança, com os maiores especialistas dos vários países a partilharem experiências muito ricas para todos. O nosso propósito é Liderar a Mudança na Lusofonia…juntos!

INFORMAÇÕES SOBRE A CIMEIRA:

O evento é gratuito e convida os executivos a falar sobre os atuais grandes desafios de gestão e de liderança, a partilhar boas práticas e a revelar a sua visão de futuro.

Este evento é organizado pela Chastre Consulting e conta com a parceria da Jason Tribe e a Martech Digital.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site www.cimeiralusofonadelideranca.com  até ao dia 11 de Novembro, com um número limitado de vagas.